segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Fim

Desistir do técnico não foi a coisa mais fácil da minha vida. Até porque eu nem sei o que é que já foi a coisa mais fácil da minha vida. Tenho a impressão de que nada foi fácil. Mas apesar de ser meio complicado por um fim a tudo aquilo, eu precisava fazer isso.  Era como um relacionamento desgastado pelo tempo. Já não vinha dando certo ha muito tempo, ou nunca deu e eu que insistia, não sei. Foi um relacionamento longo, 4 anos inteiros. De muito choro, muita decepção, muitas lágrimas, brigas, noites sem dormir, mas também de alguns bons momentos. Eu não consigo lembrar deles agora, mas eu sei que é porque estou brava e chateada. Deve ter algumas lembranças boas. É só eu me concentrar e pensar em algumas delas. Deixa eu ver...Teve aquele dia que...não, não, esse não. Mas teve aquele outro que...não, esse também não foi muito legal. Bem, enfim. Houve sim, eu só tenho uma péssima memória. O fato é que eu acabei desistindo de tudo aquilo. Porque nada daquilo estava me fazendo bem. Eu já estava entrando numa piração total. Aquilo não era para mim. A quem eu estava enganando? Só a mim mesmo. É sempre a mesma coisa quando digo que eu deixei a química de lado. "Você tem certeza?" Não. Não tenho. Mas assim como eu não tinha certeza quando deixei o ballet. E hoje, 5 anos depois eu vejo que estava certa. Aquilo não era para mim. Assim como a química também não é. Eu sei que algum dia vou ver algo positivo naquele curso de m..., mas não hoje. Assim como eu vejo algo de bom no ballet, 10 anos lá e hoje eu sei fazer um 4 até caindo de bêbada, um dia vou achar algo de bom no tecnico. Só não peçam para fazer isso hoje. Hoje eu só quero espraguejá-lo(existe?). Amanha talvez. 
                                                                                       Gislaine Oliveira

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